Coluna Musical - Post especial - Resenha do Show do Black Sabbath - SP

Salve salve pessoal, voltando com mais um post pra vocês.

O post da vez pode se dizer que é uma resenha/adoração de fã. Uma vez que nesse post estarei escrevendo a respeito do Show do Black Sabbath, no Campo de Marte em São Paulo, da turnê do álbum 13 (algo que muitos sites e blogs que falam sobre heavy metal estão fazendo). Já devo dizer que pra quem não é um fã da Era de Ouro do Sabbath (com o Ozzy nos vocais), esse post pode soar bem como uma puxação de saco dos infernos, mas fazer o que fã é fã. (Ainda mais pelo fato que já comentei anteriormente aqui, que comecei a ouvir rock pelo álbum Vol. 4 do Black Sabbath). Devo dizer que ter conseguido ir a esse show, foi algo simplesmente fantástico, jamais imaginaria que cerca de 18 anos depois de ter tido o primeiro contato com o Black Sabbath iria conseguir assistir a um show deles (ainda mais depois de toda a briga judicial, ainda mais com o câncer do Iommi) ainda mais por ter o Ozzy nos vocais.

Sexta – feira, dia 11/10/13, uma data que provavelmente vai entrar pra história do heavy metal, com o espetáculo do Black Sabbath em São Paulo (não pelo fato de ser a maior capital do país, mas pelo fato de ser 1 dos quatro shows da banda, da turnê que é a 1ª e provavelmente a última no país).

Para a abertura de algo dessa proporção, nada melhor que uma banda veterana como o Megadeth, sem sombra de dúvidas com grande peso no cenário musical. A banda de Dave Mustaine fez uma apresentação descomunal, fazendo jus ao fato de ter sido escolhida para abrir o show do Sabbath.

Por volta das 19:30 horas, apesar com um atraso de pouco mais de 30 minutos do horário marcado, Megadeth começou o show metendo o pé no peito com Hangar 18.

Mesmo com um setlist curto, porém de muito peso, Megadeth mostrou muito bem, o porquê foi escolhido para abrir o show, arrebatando com tudo headbangers.

Megadeth – setlist:

Hangar 18
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
She-Wolf
Sweating Bullets
Kingmaker
Tornado of Souls
Symphony of Destruction
Peace Sells
Holy Wars... The Punishment Due

Sem dúvidas, da mesma maneira empolgante que começaram o show terminaram, tendo a escolha das musicas de abertura e encerramento do show sendo sabiamente escolhidas. Por mim, algumas músicas poderiam ter sido substituídas/acrescentadas ao setlist, mas pelo prazo limitado de show, tem que se dar um desconto. Após a sensacional apresentação a banda saiu mais que ovacionada pela plateia (tendo sido algo de fato merecido) Pouco antes de deixar o palco Mustaine fala que SP, foi a plateia mais barulhenta/animada/entusiasmada até aquele show da turnê (provavelmente praxe pra todos os locais aonde passam).

Pouco depois das 21:00 horas (cerca de 20 min. após o término da apresentação do Megadeth), sem nenhum aviso e pegando a grande maioria dos presentes de forma desprevenida, pode se ouvir no palco um: “o-ô-o-ô-o-ô”, seguido de um “Cuckoo”, era o Madman, criando o gancho para um dos momentos mais históricos para os presentes, uma vez que logo após, foi seguido por algumas sirenes, que traziam consigo, Iommi, Butler e Clufetos (que como sabem, apesar de já ter trabalhado com o Ozzy, não é membro fundador da banda, mas que ainda assim, fez uma apresentação no mínimo MEMORAVEL e digna de muito respeito), abrindo o show com a Super Clássica “War Pigs”, como disse antes, esse foi o inicio de um show histórico (não preciso nem dizer que Mítico e Inesquecível pra mim, bem como pra grande maioria lá), ai a plateia começou a mostrar o porquê foi, cantando em coral de forma quase uníssona, junto com Ozzy, que apesar do uso excessivo de drogas durante a vida, ainda se mostra um frontman de respeito e bastante energético no palco. Após o final do War Pigs, Madman lançou a gafe, saudando a galera do Rio, mas nada demais, uma vez que a plateia se mostrou mais do que entusiasmada com o show dos Deuses do Heavy.

Em seguida Ozzy anuncia Into the Void, sendo seguida por Under the Sun, depois de um trio de músicas desse nível, pode se dizer que Ozzy para pela primeira vez para uma comunicação um pouco mais completa com a plateia, e foi a partir desse momento que, não havia sobra de dúvidas o quanto os membros da banda estavam empolgados com o animo da plateia, principalmente por parte do Iommi, que se mostrou sorridente durante todo o show, o que serviu ainda mais pra empolgar os fãs.

A 4ª música do show, que sem dúvidas é uma das mais marcantes pra mim, foi Snowblind (uma das músicas do Vol. 4), sem dúvidas esse foi um dos momentos mais marcantes do show. A música seguinte Age of Reason, do ultimo álbum, e de reunião da banda, mostrou que de fato que Ozzy, Iommi e Butler merecem ser reconhecidos como os pais do Heavy Metal. E se não bastasse isso, Black Sabbath foi a música seguinte, comprovando irrefutavelmente o titulo de maior banda de Heavy Metal.

Para manter o clima do primeiro álbum da carreira da banda, a 6ª música foi Behind the wall of sleep, outra musica que sem dúvidas é um clássico da banda. Se não bastasse no final da música Butler faz seu pequeno, porém épico solo de baixo “Bassicaly” para emendar na lendária “N.I.B” levando a plateia a loucura (na verdade todo o show levou a plateia a loucura, mas em certos momentos atingem níveis mais altos).

“N.I.B.” foi seguida por mais uma musica do novo álbum da banda (que assim como todas as musicas do mesmo, mostram que os Senhores Fundadores da banda ainda são músicos de níveis épicos) que é End Of The Beginning. Esta foi seguida por uma das músicas que sem dúvidas tem uma das letras mais loucas (e sem sentido) da banda que foi a Fairies Wear Boots.

Até o momento todas as músicas, foram cantadas em peso pela plateia, com exceção das músicas do último álbum (que ainda assim, foram cantadas por boa parte dos presentes). A música seguinte a Fairies Wear Boots, foi Rat Salad, que pode se dizer, foi uma folga ao Madman, hehe. Sendo um instrumental, essa é uma das músicas que se pode perceber ainda mais a qualidade instrumental da banda e ainda assim, durante a música os Senhores Iommi e Butler deixam o placo única e exclusivamente para o baterista Tommi Clufetos, para um solo. – Nesse momento foi que definitivamente Clufetos ganhou o respeito de muita gente – eu particularmente já conhecia o trabalho anterior dele, mas nunca havia dado a devida atenção até então – e nesse momento me tornei um fã do cara. Mesmo sendo um fã saudosista da banda, devo reconhecer que ele fez um trabalho de poucos conseguindo substituir tecnicamente Ward nessa turnê. (me desculpem, mas isso é fato).

Com seu solo, que foi no mínimo, estupendo, o show alcançou um dos pontos mais alucinantes, com um dos riffs mais marcantes da banda (isso para não dizer O MAIS MARCANTE) da musica Iron Man, fazendo todo mundo pular e cantar alucinadamente junto com o Ozzy. Seguindo Iron Man, veio mais uma música do novo álbum, God Is Dead, provavelmente a música mais cantada do cd 13.

Dirty Women foi a música seguinte, sem dúvidas outra das clássicas, aqui o Madman se mostrou um excelente frontman (nessa altura do show, estava mais enérgico que nunca), tirando muitas gargalhadas dos presentes ao comentar “I like some dirty women”. Depois de Dirty Women, outro ponto alucinante foi alcançado com Children of the Grave com seus riffs destruidores.

Após Children of the grave, como todo show que se preze, a banda se retira, como se o show tivesse acabado, mas logo em seguida retorna, quando retomam suas posições, surpreendem a todos com a introdução de Sabbath Bloody Sabbath, levando toda a plateia a loucura, e levando a uma loucura ainda maior usando só como intro para a música Paranoid, sem dúvidas o ponto mais alto do show (momento em que mais pulei e cantei no show).

Após a grandiosa Paranoid, o show chega ao fim, de maneira grandiosamente inesquecível para todos os presentes. Independentemente de várias musicas de peso da banda não terem sido tocadas, o show foi algo inexoravelmente inesquecível.

Como já disse anteriormente, durante todo o show se pode ver que os membros da banda se mostraram bem felizes com as manifestações da plateia e algo que aumentou mais esse clima do show e emocionar ainda mais, foi cantar entre as músicas: “Olê, Olê, Olê, Olê, Sabbath, Sabbath”.

Todos os músicos da banda tiverem um desempenho inigualavelmente excelente. Principalmente por parte do Ozzy, que é sempre vitima dos fãs das outras fases da banda (principalmente da era Dio) por alegarem que é um cara travado, que não canta nada, que não é compositor. Devo dizer que a apresentação do Ozzy, foi simplesmente fenomenal, como já disse antes, ele tem uma presença de palco excepcional e uma carisma ainda mais absurda e é de fato um vocalista fenomenal (pra mim um deus no vocal). Iommi e Butler dispensam quaisquer comentários, suas habilidades instrumentais são absurdas. Clufetos, pode se dizer que o único que estava a prova, se mostrou digno em tocar no Sabbath, sendo algo inumano nas baterias.

O que se pode fazer agora é aproveitar a memória dos excelentes momentos do show e agradecer a oportunidade de ter comparecido a um momento tão épico da história da música, momento esse que vários fãs esperaram cerca de 40 anos para poder presenciar algo assim.

Posso dizer tranquilamente que foi algo inigualável e que infelizmente e muito provavelmente não voltará ocorrer, tendo em vista a idade dos músicos, e principalmente os problemas de saúde do Genial Tony Iommi.

Esse show é um show essencial para qualquer fã que se preze de Heavy metal, principalmente do Sabbath, se você assim como eu estava presente, com certeza tem memórias incríveis para contar histórias para seus filhos e netos, referente a um momento tão histórico. Para quem não pode ir (independente do motivo), não o que ser feito, a não ser se lamentar de fato por ter perdido uma chance dessas.

Black Sabbath – setlist:

War Pigs
Into the Void
Under the Sun
Snowblind
Age of Reason
Black Sabbath
Behind the Wall of Sleep
N.I.B.
End of the Beginning
Fairies Wear Boots
Rat Salad / Drum Solo
Iron Man
God Is Dead?
Dirty Women
Children of the Grave

É isso ai pessoal, até a próxima.